MB: A VOZ FORTE DA ZONA LESTE

Leo Fraiman é psicoterapeuta, escritor e palestrante. É autor da Metodologia OPEE, adotada atualmente por mais de 1500 escolas em todo o Brasil com mais de 300 mil alunos. 

Qual é o limite de seus limites?

Muitas vezes pais e mães se deparam com a questão: O quanto de limite está certo?

Primeiro, não existe de maneira absoluta o certo e o errado, mas algumas atitudes realmente ajudam. Uma delas é lembrar que nós não precisamos fazer o oposto de nossos pais. Se você teve uma mãe muito agressiva de nada vai adiantar (nem para você, nem para os seus filhos) que você se torne permissiva. Por outro lado, é bom procurar filtrar as suas influências para ter uma educação consciente. Fazer exatamente como os seus pais, ou o oposto disso pode não ser a resposta. Quem é você e quais são os seus valores? Quem é o seu filho e de que estímulos, regras e condições ele de fato precisa? Estas perguntas não são fáceis de responder, mas são melhores do que usar respostas prontas.

Isso posto, vale a pena refletirmos sobre dois instrumentos que podem nos ajudar muito a calibrarmos os nossos limites. O primeiro deles são os dados, as estatísticas e os fatos. Se seu filho diz que o estilo dele de estudar está funcionando e você vê pelas notas, nas reuniões de pais e mestres e no boletim que ele está dando conta do recado, então o jeito dele funciona. Se você combina uma mesada e sua filha está cumprindo com os combinados, não fica estourando o cartão de crédito e se mantem dentro de seu orçamento, então ela tem o direito de preferir talvez uma blusa do que as outras quatro coisas que na sua opinião seriam melhores.

Os dados, os fatos, os números, podem ajudar bastante a perceber se nós estamos sendo autoritários, ou se é hora de nós como adultos orientarmos e direcionarmos o filho ou a filha.

Existe um outro lado que pode ajudar muito, chama-se dignidade. Se permitir, comprar ou aceitar algo fere a sua dignidade ou vai tirar o seu sono, é melhor não fazer. Não é obrigação dos pais fazerem seus filhos felizes a qualquer custo, se você não se respeita, dificilmente seu filho o respeitará. Claro que é interessante o diálogo, claro que é interessante ouvir o filho, claro que o exercício da autonomia é essencial para a formação humana integral, porém, existe coisas que seu cérebro consegue antever e que são importantes de serem cuidados mesmo que seus filhos não gostem eventualmente. Você tem o direito de respeitar a si. Lembre-se, filhos respeitam pais que se respeitam.

Últimas notícias